Zapatero: 2010 foi um ano "duro e difícil" para Espanha

<p>Espanha viveu em 2010 um ano "duro e difícil" com a recessão a passar para a recuperação mas o desemprego a permanecer "inaceitavelmente elevado". O retrato foi feito hoje pelo primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, no arranque da apresentação do relatório da economia espanhola em 2010, um evento anual que o chefe do Governo iniciou em 2007.</p>
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Um período de quatro anos dos quais três, reconheceu Zapatero, ficaram marcados por uma situação económica muito negativa em Espanha e por uma situação económica mundial igualmente complicada. Zapatero referiu que 2010 será recordado pela crise da dívida soberana e pela ação da UE, que terá que esperar até 2012 para recuperar os níveis de crescimento que tinha antes da crise.

O governante insistiu que o Executivo continuará a avançar no controlo das contas públicas, paralelamente à implementação de reformas que ajudem "a fortalecer a criação de emprego e a economia e a dar sustentabilidade ao estado de bem-estar". Medidas que em 2010 já permitiram "uma redução do défice público, uma correcção da balança comercial, e o aumento da produtividade".

Para este ano, e numa altura em que ainda decorrem negociações entre o governo e os sindicatos, Zapatero explicou que um dos primeiros passos será a aprovação, ainda este mês, do decreto de reforma das pensões. Também este mês deverá ser publicado um relatório detalhado sobre a exposição das caixas de aforro e dos bancos espanhóis ao sector imobiliário.

Explicando que o objetivo do défice para 2010 - de 9,3% do PIB - vai ser facilmente cumprido, Zapatero explicou que o objectivo para 2011 se mantém de empurrar esse valor para menos de seis por cento. Em termos económicos o objectivo é que a economia feche 2011 com um crescimento do PIB que se consolidará até 2015.

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